2 de abril de 2013

TUDO AO SEU TEMPO

Olá pessoas! Tudo bem?

Em casa eu estava muito bem, ficava perto da minha família e recebia muitas visitas.

As únicas coisas ruins eram: continuar na cama, ficar na mesma posição e sentir dores horríveis da ponta do pé até o fêmur por causa do Ilizarov.

Nossa... eram horríveis essas dores, ocorriam mais a noite e eu chorava bastante.

Como vocês sabem, eu havia relatado que voltei para casa com uma cistostomia (a sonda que vai direto para a bexiga), antes de sair do hospital o médico trocou a mangueirinha, porque é necessário para não causar infecção. Então, essa cistostomia me deu um probleminha. Começou a aparecer umas coisinhas brancas na mangueira que estava interrompendo a saída da urina. Isso aconteceu em dezembro, dias depois de eu ter saído do hospital. Eu conseguia urinar normal, mas fora da mangueira, e estava acontecendo o pior que poderia acontecer comigo na situação que eu estava: Febre.

Minha mãe resolveu me levar para o hospital da cidade que eu moro - o mesmo que me levaram quando sofri o acidente -, para retirar a cistostomia de vez. Fui para o hospital, a enfermeira tentou retirar e não conseguiu, estava presa e doía para caramba. Depois de passar mais ou menos uma hora tentando tirar a sonda, a enfermeira disse que só poderia tirar no bloco cirúrgico, eu pensei: “De novo não, não quero ficar internada, mal tinha saído do hospital.”

Entrei em desespero, não queria ficar internada de novo.

Fizeram um ultrassom para ver por que a sonda não saía e estava tudo normal. Resolveram me internar, passei o dia todo na emergência do hospital, deitada numa maca, esperando arrumarem um quarto e só fui enviada para o quarto a noite. Horrível essa espera, parecia até que eu estava num hospital público. Quando já estava no quarto, me colocaram um cateter na veia para receber soro e antibióticos para não ter infecção por conta da sonda. Se eu tivesse ficado mais tempo com ela eu teria tido, mas graças a Deus não tive, somente febre.

No outro dia a tarde, um médico foi ao meu quarto e disse que estava lá para retirar a sonda, então eu perguntei se ia tirar no bloco cirúrgico e ele disse que não, que iria tirar naquela mesma hora. Pronto! Desespero parte dois. Só de pensar na dor que senti no dia anterior para tentar removê-la já comecei a chorar, mas por incrível que pareça só doeu um pouquinho. Ele colocou uma pinça e com uma tesoura puxou rapidinho e disse que eu podia ir para casa. Glória! Mas só fui à noite porque tinha que acabar de receber os antibióticos.

Depois desse sufoco todo, o médico chegar e tirar à sonda rapidinho, eu pensei: “Eu não acredito que fiquei internada.”

* * *

Em Janeiro/2010 voltei para a capital para a minha primeira consulta com Dr. Daniel, depois que já estava em casa. Ele queria ver como estavam as fraturas e eu reclamei das dores. Ele passou um remédio mais forte e pediu para eu ir tirar raios-X. Na entrega dos raios-X ele me disse que eu iria ficar com os fixadores por um tempo ainda porque as fraturas não estavam consolidadas.


Raio-X do fêmur.

Raio-X da tíbia.

Então, ele disse que eu tinha que andar para as fraturas consolidarem e tive que retornar para as sessões de fisioterapia. A primeira vez que fiquei em pé foi muito estranho, só fiquei uns cinco minutos, porque comecei a ficar com calor e estava me sentindo muito fraca, não aguentei ficar muito tempo em pé. Minha mãe achou uma fisioterapeuta que atendia em casa, eu fazia fisioterapia três vezes por semana. Com isso eu estava pegando mais equilíbrio e não tremia muito. Estava ficando com mais força.




Fazendo fisioterapia.

Com o tempo eu comecei a andar uma vez por dia pela casa, era o que eu aguentava por enquanto.

É assim mesmo.

Tudo ao seu tempo!





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