28 de maio de 2013

LAUDO DEFINITIVO DO PÉ

maio 28, 2013 5 Comments
Olá pessoal! Tudo bem?

Marquei minha consulta com o neurocirurgião para entregar o exame que fiz nos dois pés, a eletroneuromiografia.

Nossa, que exame horrível.

O médico que fez o exame avaliou minhas duas pernas do joelho para baixo e marcou uns pontos com uma caneta - só que de metal -, depois ele começou a colocar na minha perna. A perna direita, eu senti uma dor muito chata e insuportável, na esquerda, eu não senti quase nenhuma dor. Imaginei que estava com problemas sérios nessa perna.

Antes de entregar o exame para o neuro, lógico que eu já tinha dado uma olhadinha, mesmo sem entender nada. E o que tinha escrito no resultado, me deixou em alerta. Estava escrito assim: Apresenta sequela definitiva no membro inferior esquerdo decorrente de acidente motociclístico, apresentando lesão completa do nervo ciático esquerdo.

Na hora não achei que fosse algo tão grave, só pensei: “Tudo bem, acho que com cirurgia resolve.”

Mas vocês devem imaginar como fiquei na hora que o médico disse que eu não iria mais sentir o pé, não é? E que cirurgia não resolve.

Chorei, lógico!

Fiquei muito triste.

Mas também já tinha passado por tanta coisa difícil e estou conseguindo superar, não é porque eu recebi essa notícia que iria me deixar abalar. Já era de se imaginar que eu iria ficar com alguma sequela grave. Tinha que pensar agora na minha fisioterapia e melhorar definitivamente.

O médico me disse também que eu iria precisar usar uma órtese para poder andar melhor, porque meu pé já estava caído. Comecei a fazer pesquisas na internet para saber o que era essa tal de órtese, e para ser sincera, não gostei muito não. Não queria usar isso o tempo todo, mas naquele momento, era a melhor opção para mim. A órtese iria precisar se fabricada e por enquanto ia ter que fazer a fisioterapia sem ela.

            Esse é um de vários modelos de órteses:





            Particularmente foi o modelo que eu mais gostei, vou ter que procurar um lugar que fabrique esse modelo, porque se eu vou ter que usar isso praticamente para sempre, pelo menos acho que tenho direito de escolher um modelo que eu goste. Sobre o meu joelho que apresenta rigidez, eu resolvi não me operar (pelo menos por enquanto), ainda pretendo fazer uma tentativa me consultando com um ortopedista. Vou começar a fazer fisioterapia sem a órtese, porque ela precisa se fabricada, quando estiver com ela pronta eu posto a foto para vocês e quando eu já estiver fazendo fisioterapia também.

            Até a próxima.

            Fiquem com Deus.

14 de maio de 2013

ALGUMAS SEQUELAS

maio 14, 2013 12 Comments
Olá pessoal!

Depois de 4 anos do meu acidente e 12 cirurgias, vou falar um pouquinho de como estava naquele período.

Primeiro queria relatar para vocês que tive uns problemas com a cicatrização da minha cirurgia da colostomia. A cirurgia não estava totalmente cicatrizada, mas não achei que teria problemas se entrasse na piscina e levasse um solzinho. Mas, então, eu tive. Eu sei que sou a única culpada por esses atos impensáveis.

Mas eu só queria espairecer um pouco, sabe?

Só hospital, cirurgia e repouso. Cansa. Quando vi a oportunidade de entrar na piscina, simplesmente não pensei que poderia prejudicar a cirurgia. Estava sentindo muita coceira na região do corte do meu abdômen e tive que me consultar com uma dermatologista que me receitou uma pomada para alergia e foi quando o corte cicatrizou totalmente. Essa parte ficou resolvida.

Sobre minha perna, eu usava as duas muletas para poder andar, como minha perna estava mais curta que a outra e não tinha força e equilíbrio para andar sem o apoio delas, tive que usá-las por um tempo.



Ao que parece, minha perna está inchada, mas não é isso. Ela está achatada, de tanto tempo que eu fiquei de cama, na mesma posição, de barriga para cima, ela foi tomando essa forma. Só depois que eu tirei a colostomia é que estou começando a dormir de lado.

No momento, estava com algumas sequelas, como já era esperado. Meu joelho não dobrava totalmente, pelo menos na posição para ficar sentada, as minhas duas cirurgias do joelho que foram feitas na capital, não resolveram muita coisa, para não dizer nada. Tentei fazer uma terceira aqui na cidade em que moro, mas aí o ortopedista me iludiu, dizendo que ia fazer a cirurgia. Tirei raio-X, fiz uma tomografia do joelho e depois de tudo isso ele disse que não iria me operar. Disse que era para eu me operar com o médico que fez minha primeira cirurgia. Não vou negar que fiquei bastante furiosa.

Se ele não ia me operar, por que disse que ia?



A outra sequela - que eu já mencionei nos primeiros capítulos - é o meu pé que eu não sinto desde o acidente. Inicialmente, a preocupação de todos eram as minhas outras fraturas, então não tinha feito nenhum exame no pé ainda para saber o que tinha.

Em 2012 resolvemos saber o que era, tirei raio-X e nada, nenhum osso foi quebrado, melhor. O médico passou um exame chamado eletroneuromiografia. Esse exame serve para medir as atividades e reações dos músculos e nervos de determinadas áreas do corpo, através de estímulos elétricos (choques) e tem o objetivo de descobrir se o problema nos músculos ou nos nervos.

Por ser lesão no nervo, um ortopedista não pode resolver, somente um neurocirurgião, que aqui onde eu moro, por ser interior, não tem. Resultado, tive que voltar para a capital para poder me consultar com um. Como eu não o sinto, não posso mexer o tornozelo, então ele fica assim, caído, ele é inchadinho também por falta de movimento.






É um pouco difícil de andar com o pé assim, ainda não me acostumei, é como se ele ficasse dormente o tempo todo. O calçado que eu uso, as vezes prende no chão e eu fico mais propensa a cair por causa disso, esse é um dos motivos de eu ter que usar muletas. Para a sandália não cair do meu pé quando estou andando, tive a ideia de amarrar esse elástico para deixar o pé preso.


            Quando eu estiver mais novidades sobre a próxima cirurgia, eu volto. Fiquem com Deus. Até!



AGRADECIMENTOS: Queria agradecer primeiramente a Deus que mais uma vez me deu a chance de viver, por algum motivo, por ele está sempre comigo me dando força e nunca me deixando desistir mesmo nas horas mais difíceis que passei, a todos os médicos, a minha família (pai, mãe e irmã), por me darem muita força e palavras de conforto nos momentos em que mais precisei e me divertirem muito sempre me fazendo sorrir (principalmente minha irmã que é a mais palhaça), aos meus parentes que me ajudaram no que eu precisei, as minhas tias que ficaram comigo no hospital quando minha mãe não podia ficar, aos meus amigos e a todos que me doaram sangue. Muito obrigada!!!