25 de dezembro de 2013

FIXADOR ILIZAROV + ARTRODESE NO TORNOZELO

dezembro 25, 2013 20 Comments
Olá a todos!

Minha décima terceira cirurgia foi marcada para o dia 21/12/2013, às 8hs da manhã. O procedimento durou umas três horas e a anestesia foi a raqui - como foi a maioria das cirurgias -. Fiquei na sala de recuperação até o efeito da anestesia passar e depois me levaram para meu quarto, onde minha mãe me aguardava.

            Nesta foto estava esperando o maqueiro vim me buscar.




            Essa foto foi quando cheguei ao quarto. 




Estava muito sonolenta ainda e dormi a tarde toda. À noite, já estava melhor, jantei, mas fiquei enjoada e vomitei, mas isso já é normal para mim depois de fazer uma cirurgia. Quando finalmente estava me sentindo melhor, queria ver como estava minha perna, mas não consegui ver, porque estava enfaixada. Estava sentindo um pouco de dor, mas não tão forte.



No outro dia, já estava bem melhor, sem dores e já conseguia sentar. O assistente do médico - este também me operou - me visitou e disse que minha aparência estava muito boa e que com a cirurgia no tornozelo, meu pé ficou na posição de 90 graus. Perguntei a ele se eu ia fazer alongamento com esse fixador, e ele me disse que pelo que entendeu que o Dr. Guilherme falou, é que eu iria passar uns 3 meses com esse fixador e depois iria colocar outro para alongar. Segundo Dr. Guilherme, o outro fixador - que não sei qual é - é melhor para alongar do que o Ilizarov.

Essa cirurgia foi para alinhar o osso e fazer a artrodese no tornozelo. Depois que ele foi embora, eu fiquei pensando que no dia da minha consulta com Dr. Guilherme, ele disse que ia fazer tudo de uma vez com esse Ilizarov e agora vem esse médico falando isso. Enfim, depois iria conversar com ele direitinho.



        Teve algum "artista" no bloco cirúrgico que aproveitou que eu estava anestesiada e fez esse bonequinho no meu joelho. hahaha



O médico disse que eu já poderia começar a pisar, mas não fiz. Fiquei sentada no sofá a maior parte do dia e só me levantava para ir ao banheiro. O médico me disse antes da cirurgia que os ferros iriam ser leves para eu poder andar melhor, e realmente, achei ele leve mesmo. Mexo minha perna para todo lado e não sinto dificuldade em relação ao peso.

A enfermeira veio fazer o curativo e não senti nenhuma dor enquanto ela limpava tudo. Minha mãe não estava me deixando pisar ainda, por causa dos vários pontos, principalmente os que estavam nos dedos.








Dois dias depois tive alta.

O médico retirou o dreno e fui para casa, graças a Deus, e o mais importante, sem dores. No dia 02/01/2014 iria voltar ao médico para retirar os pontos e tirar raio-X, aí vou saber mais alguma coisa sobre essa cirurgia.

Obrigada a todos que rezaram por mim para que minha cirurgia desse certo e desejo um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo a todos vocês. (: 


15 de dezembro de 2013

O DIA DA PRÓXIMA CIRURGIA

dezembro 15, 2013 6 Comments

Oi!!! 

Finalmente o dia da minha próxima cirurgia foi marcado. Vai ser no dia 21/12/13 às oito horas, com a demora que estava por causa da liberação do plano de saúde, pensei que só seria em Janeiro, mas estou tranquila em relação a data.  

Quanto mais rápido for feita a cirurgia, mais rápido eu fico recuperada. Embora eu já esteja acostumada a ser operada, sempre bate aquela ansiedade e nervosismo enquanto os dias vão se passando.  

Peço a vocês que orem por mim, para que dê tudo certo. 

As próximas fotos que irei postar serão com o ilizarov, então vou postar essa sem o aparelho para compararmos a evolução da perna e um detalhe que não aparece na foto, é que ainda estou usando as muletas. 


Até o próximo post, fiquem com Deus. (:

18 de outubro de 2013

NOVA CIRURGIA

outubro 18, 2013 4 Comments


Olá gente! 


          Demorei para postar, porque não tinha notícias, mas agora eu tenho, vou fazer uma nova cirurgia. Mas vamos por etapas.  

Quando a gente coloca na cabeça que uma coisa não tem mais solução. Vem a vida, e nós mostra que tem solução sim, só basta acreditar.

Foi o que aconteceu comigo há alguns dias, quando pensei que não iria mais fazer nenhuma cirurgia no pé.

E agora, vou fazer sim!

Depois de ter aguardado uns dias, minha fisioterapeuta me disse onde era a clínica e qual médico poderia me atender, então marquei a consulta.

Antes do médico dar alguma opinião sobre meu caso, ele passou um raio-X do tornozelo. Mostrei um exame que tinha feito no joelho, uma tomografia. Dr. Guilherme disse que não era bom mais mexer no joelho, porque ele disse que estava muito, digamos assim, danificado. Fiquei triste, claro, mas infelizmente tive que aceitar.

Sobre o pé, Dr. Guilherme disse que vai ter que ser operado e infelizmente, vou ter que usar novamente o fixador Ilizarov, só na região da tíbia e pé.

Não queria, lógico, ninguém merece usar aquele fixador, além de incomodar, dói pra caramba. Não desejo aquilo para ninguém.

Mas se for para melhorar meu caminhar e num futuro não ter que usar palmilha - já que eu fiz um exame e deu perda óssea de 3,2 cm -, eu aceitei.

Esse procedimento cirúrgico vai servir para meu tornozelo ficar alinhado na posição de 90º, porque como eu disse antes, tive lesão severa no nervo e por causa disso, eu não sinto mais o pé e parte do tornozelo. Então meu pé está caído. Nessa cirurgia, o doutor disse que além dos 3, 2 cm que tenho perdidos de osso, vou perder mais uns 1, 5 cm a 2 cm e que futuramente vou ter que usar outro Ilizarov para fazer as correções na minha perna. Com isso, vai evitar de eu cair ao andar e vai ajudar a alongar o osso, para minhas duas pernas ficarem do mesmo tamanho de novo sem eu ter que precisar usar palmilha.

Por uma parte essa cirurgia vai ser boa e por outra será ruim. Porque só de imaginar eu usando aquele fixador que passei cinco meses sofrendo com o peso e principalmente com as dores, eu já fico morrendo de medo. Mas é ter fé em Deus e paciência que vou me recuperar totalmente e retornar a minha vida.

Agora era só esperar a liberação do plano de saúde, para poder marcar o dia e fazer a cirurgia.

Quando souber de tudo eu posto. Orem por mim para que dê tudo certo. Obrigada pela força de todos que leem meu blog, que deixam comentários de apoio, fico muito feliz em ajudar, mesmo que distante. 

Beijos a todos. Fiquem com Deus. (:

11 de julho de 2013

FISIOTERAPIA

julho 11, 2013 0 Comments

Enfim, comecei a fisioterapia!

Primeiro, a fisioterapeuta fez uma avaliação para saber o que tinha acontecido comigo, para poder aplicar o exercício certo. O foco da minha fisioterapeuta é fortalecer minha perna e dobrar o joelho que é exatamente o que eu quero, para poder enfim me livrar dessas muletas. Recebi uma noticia dela que pode ser uma pontinha de esperança para mim. Na hora da avaliação, falei a ela que não sinto o pé e que ia precisar comprar uma órtese, como foi recomendado pelo médico.

Ela me disse que também teve um paciente que não sentia o pé e que fez uma cirurgia no tendão para poder andar sem precisar da órtese, e segundo ela, ele anda muito bem. Detalhe, eu já tinha tentado fazer essa cirurgia aqui onde moro, mas o médico que me atendeu se recusou e disse também que era para eu usar a órtese.

A fisioterapeuta me disse onde era a clinica, mas disse que ia falar com o rapaz direitinho para saber sobre o médico. Esperei ansiosa que ela conseguisse localiza-lo o mais rápido possível. Fiquei muito animada com essa notícia.

Não era para menos, né?

Só em pensar que eu poderia andar sem depender da órtese, era muito bom. 


Nessa foto eu estava recebendo uns choquinhos na coxa para estimular os músculos e a circulação. 


28 de maio de 2013

LAUDO DEFINITIVO DO PÉ

maio 28, 2013 5 Comments
Olá pessoal! Tudo bem?

Marquei minha consulta com o neurocirurgião para entregar o exame que fiz nos dois pés, a eletroneuromiografia.

Nossa, que exame horrível.

O médico que fez o exame avaliou minhas duas pernas do joelho para baixo e marcou uns pontos com uma caneta - só que de metal -, depois ele começou a colocar na minha perna. A perna direita, eu senti uma dor muito chata e insuportável, na esquerda, eu não senti quase nenhuma dor. Imaginei que estava com problemas sérios nessa perna.

Antes de entregar o exame para o neuro, lógico que eu já tinha dado uma olhadinha, mesmo sem entender nada. E o que tinha escrito no resultado, me deixou em alerta. Estava escrito assim: Apresenta sequela definitiva no membro inferior esquerdo decorrente de acidente motociclístico, apresentando lesão completa do nervo ciático esquerdo.

Na hora não achei que fosse algo tão grave, só pensei: “Tudo bem, acho que com cirurgia resolve.”

Mas vocês devem imaginar como fiquei na hora que o médico disse que eu não iria mais sentir o pé, não é? E que cirurgia não resolve.

Chorei, lógico!

Fiquei muito triste.

Mas também já tinha passado por tanta coisa difícil e estou conseguindo superar, não é porque eu recebi essa notícia que iria me deixar abalar. Já era de se imaginar que eu iria ficar com alguma sequela grave. Tinha que pensar agora na minha fisioterapia e melhorar definitivamente.

O médico me disse também que eu iria precisar usar uma órtese para poder andar melhor, porque meu pé já estava caído. Comecei a fazer pesquisas na internet para saber o que era essa tal de órtese, e para ser sincera, não gostei muito não. Não queria usar isso o tempo todo, mas naquele momento, era a melhor opção para mim. A órtese iria precisar se fabricada e por enquanto ia ter que fazer a fisioterapia sem ela.

            Esse é um de vários modelos de órteses:





            Particularmente foi o modelo que eu mais gostei, vou ter que procurar um lugar que fabrique esse modelo, porque se eu vou ter que usar isso praticamente para sempre, pelo menos acho que tenho direito de escolher um modelo que eu goste. Sobre o meu joelho que apresenta rigidez, eu resolvi não me operar (pelo menos por enquanto), ainda pretendo fazer uma tentativa me consultando com um ortopedista. Vou começar a fazer fisioterapia sem a órtese, porque ela precisa se fabricada, quando estiver com ela pronta eu posto a foto para vocês e quando eu já estiver fazendo fisioterapia também.

            Até a próxima.

            Fiquem com Deus.

14 de maio de 2013

ALGUMAS SEQUELAS

maio 14, 2013 12 Comments
Olá pessoal!

Depois de 4 anos do meu acidente e 12 cirurgias, vou falar um pouquinho de como estava naquele período.

Primeiro queria relatar para vocês que tive uns problemas com a cicatrização da minha cirurgia da colostomia. A cirurgia não estava totalmente cicatrizada, mas não achei que teria problemas se entrasse na piscina e levasse um solzinho. Mas, então, eu tive. Eu sei que sou a única culpada por esses atos impensáveis.

Mas eu só queria espairecer um pouco, sabe?

Só hospital, cirurgia e repouso. Cansa. Quando vi a oportunidade de entrar na piscina, simplesmente não pensei que poderia prejudicar a cirurgia. Estava sentindo muita coceira na região do corte do meu abdômen e tive que me consultar com uma dermatologista que me receitou uma pomada para alergia e foi quando o corte cicatrizou totalmente. Essa parte ficou resolvida.

Sobre minha perna, eu usava as duas muletas para poder andar, como minha perna estava mais curta que a outra e não tinha força e equilíbrio para andar sem o apoio delas, tive que usá-las por um tempo.



Ao que parece, minha perna está inchada, mas não é isso. Ela está achatada, de tanto tempo que eu fiquei de cama, na mesma posição, de barriga para cima, ela foi tomando essa forma. Só depois que eu tirei a colostomia é que estou começando a dormir de lado.

No momento, estava com algumas sequelas, como já era esperado. Meu joelho não dobrava totalmente, pelo menos na posição para ficar sentada, as minhas duas cirurgias do joelho que foram feitas na capital, não resolveram muita coisa, para não dizer nada. Tentei fazer uma terceira aqui na cidade em que moro, mas aí o ortopedista me iludiu, dizendo que ia fazer a cirurgia. Tirei raio-X, fiz uma tomografia do joelho e depois de tudo isso ele disse que não iria me operar. Disse que era para eu me operar com o médico que fez minha primeira cirurgia. Não vou negar que fiquei bastante furiosa.

Se ele não ia me operar, por que disse que ia?



A outra sequela - que eu já mencionei nos primeiros capítulos - é o meu pé que eu não sinto desde o acidente. Inicialmente, a preocupação de todos eram as minhas outras fraturas, então não tinha feito nenhum exame no pé ainda para saber o que tinha.

Em 2012 resolvemos saber o que era, tirei raio-X e nada, nenhum osso foi quebrado, melhor. O médico passou um exame chamado eletroneuromiografia. Esse exame serve para medir as atividades e reações dos músculos e nervos de determinadas áreas do corpo, através de estímulos elétricos (choques) e tem o objetivo de descobrir se o problema nos músculos ou nos nervos.

Por ser lesão no nervo, um ortopedista não pode resolver, somente um neurocirurgião, que aqui onde eu moro, por ser interior, não tem. Resultado, tive que voltar para a capital para poder me consultar com um. Como eu não o sinto, não posso mexer o tornozelo, então ele fica assim, caído, ele é inchadinho também por falta de movimento.






É um pouco difícil de andar com o pé assim, ainda não me acostumei, é como se ele ficasse dormente o tempo todo. O calçado que eu uso, as vezes prende no chão e eu fico mais propensa a cair por causa disso, esse é um dos motivos de eu ter que usar muletas. Para a sandália não cair do meu pé quando estou andando, tive a ideia de amarrar esse elástico para deixar o pé preso.


            Quando eu estiver mais novidades sobre a próxima cirurgia, eu volto. Fiquem com Deus. Até!



AGRADECIMENTOS: Queria agradecer primeiramente a Deus que mais uma vez me deu a chance de viver, por algum motivo, por ele está sempre comigo me dando força e nunca me deixando desistir mesmo nas horas mais difíceis que passei, a todos os médicos, a minha família (pai, mãe e irmã), por me darem muita força e palavras de conforto nos momentos em que mais precisei e me divertirem muito sempre me fazendo sorrir (principalmente minha irmã que é a mais palhaça), aos meus parentes que me ajudaram no que eu precisei, as minhas tias que ficaram comigo no hospital quando minha mãe não podia ficar, aos meus amigos e a todos que me doaram sangue. Muito obrigada!!!

17 de abril de 2013

CIRURGIA DE COLOSTOMIA

abril 17, 2013 183 Comments

Olá pessoas!

Neste post, vamos deixar de lado minha perna um pouquinho e vamos conhecer uma outra parte da minha história.

Como eu já tinha contado no inicio da história, eu usava uma colostomia desde que aconteceu o acidente e depois de ter ficado com ela por mais de três anos, enfim, fiz a cirurgia de remoção.

Depois que eu fiz a cirurgia do joelho em 2011, eu e minha mãe decidimos que já era hora de retirar a colostomia. Como já não estava mais de cama o tempo todo e já estava pegando prática em andar com as muletas, então fomos conversar com o médico sobre uma possível retirada da colostomia. A consulta aconteceu em janeiro/2012.

Eu não gosto de relatar essa parte da história, porque foi um dos momentos mais sofridos que tive. Primeiro, que não gostei do médico. Foi super mal-educado no dia da minha consulta, ele estava lá brigando com as enfermeiras na recepção na frente dos pacientes, muito mal-humorado e outras coisas que eu não quero nem saber. Eu nem me lembro o nome dele de tanto que eu não gostei dele.

Primeiro vou explicar melhor para vocês o que é uma colostomia, assim vão entender os procedimentos que tive que fazer antes da cirurgia acontecer. Quando eu estava na UTI do hospital onde moro, o médico que colocou a colostomia veio me visitar, eu perguntei a ele porque ele havia colocado essa bolsa em mim, não tinha a mínima ideia do que ela significava e ele me explicou que foi por causa da lesão do quadril e porque tive que fazer cirurgia restauradora no ânus. Também perguntei se iria ficar com ela para sempre e ele disse que não, que era apenas temporário, até eu poder conseguir ir ao banheiro normalmente.

Com base em pesquisas no Google, colocarei aqui para vocês a definição de colostomia:

“Colostomia é a porção do intestino exteriorizada através da parede abdominal. A colostomia faz com que uma parte do intestino fique exposta no abdômen, como uma boca (*estoma). Essa abertura será o local por onde sairão às fezes que, por sua vez, serão armazenadas em uma bolsa coletora.” *Estoma: É uma cobertura feita cirurgicamente no abdome, por onde o conteúdo dos intestinos será expelido e coletado para uma bolsa externa.

                           
 
                                                                      
Fonte: https://ssl.adam.com/content.aspx?productId=125&pid=71&gid=100011&site=bestdoctors.adam.com&login=BEST4545


            Essa foto abaixo mostra a bolsa coletora. Agora imaginem usar isso colado na sua barriga o tempo. Só podia ser retirado para trocar por outra.


Fonte: http://docplayer.com.br/160194290-Procedimentos-complexos-de-enfermagem.html

Então, voltando ao médico mal-educado. Fiquei lá na recepção sentada imaginando se aquele médico que estava sendo grosso com as enfermeiras seria o médico que iria me atender, eu não sabia quem seria porque era minha primeira consulta. Quando foi a minha vez de ser atendida, ele já chegou todo afobado, me mandou deitar-se numa maca que ficava no consultório e pediu para ver minha colostomia. Depois foi fazer o exame de toque retal - que por sinal esse exame é horrível - e disse que eu tinha que fazer uma colonoscopia. Pronto, acabou a consulta, foi embora e deixou as pobres das enfermeiras marcando o exame para mim.

Me disseram o dia e o horário, e me passaram um remédio que limpa todo o intestino para poder a câmera captar melhor as imagens. Chegado o dia do exame, eu estava morrendo de medo. Me disseram que ele ia colocar uma câmera no estoma e no meu ânus. Estava me sentindo fraca, não tinha comido nada por conta do exame e tinha vomitado todo o remédio em casa. Quando chegou a minha vez, fui para a maca, as mesmas enfermeiras que marcaram o exame me colocaram um cateter para aplicar o remédio para dormir e disseram que eu não ia sentir nada, na mesma hora falei:

Graças a Deus!

Fiquei muito aliviada. Esperamos ainda uns vinte minutos para aquele médico chegar, quando ele chegou, injetaram o remédio e eu dormi. Só que eu acordei, não sei quanto tempo depois. Quando voltei a si, vi que o médico estava realizando o exame no estoma e doía uma pouco. Quando sentia alguma dor ficava apertando a mão da enfermeira. Depois ele tirou a câmera do estoma e foi para o meu reto, o exame de toque foi fichinha para o que eu senti nesse exame. Eu gritava na sala pedindo para ele parar e ele continuou fazendo o procedimento dizendo que já estava acabando e nunca acabava.

Eu não sei quanto tempo demorou, mas foram os mais eternos. Depois que finalmente acabou esse terrível exame, minha mãe entrou na sala e ele conversou com ela dizendo que estava tudo bem com o intestino e passou uma ultrassonografia retal, até disse o nome do hospital e a médica que fazia o exame. Ligamos para esse hospital e não aceitava o plano de saúde que eu tinha e o valor do exame era de R$ 300,00. Não queríamos pagar tendo plano de saúde, achamos que fazendo em outra clínica não teria problema.

Fui fazer o exame numa clínica na capital que aceitava o plano de saúde que eu tinha. Fiz a bendita ultrassom retal, não doeu muito, mas incomodou. Minha mãe pegou o resultado e depois marcou a consulta com o médico mal-educado. Eu não fui - quando era entrega de exames somente a minha mãe que ia -. Quando minha mãe chegou em casa me disse que ele fez um escândalo só porque o exame não foi feito no hospital que ele pediu e que ele disse que só iria aceitar fazer a cirurgia se o exame fosse desse hospital.

Minha mãe me disse que quando saiu da sala encontrou uma das enfermeiras e perguntou por que ele só queria o exame daquele hospital e ela disse que a médica era a esposa dele e toda vez ele fazia isso com os pacientes. Quando minha mãe disse tudo isso eu falei na mesma hora:

Não quero fazer a cirurgia com esse médico, eu não gostei dele, se ele fez isso comigo nos exames, imagina na cirurgia. Deus me livre!!!

Eu nunca mais vi esse médico depois que eu fiz a colonoscopia.

* * *

Como eu não quis fazer a cirurgia com esse médico, resolvi ficar mais um tempo com a colostomia e resolver o problema do joelho. Um dia quando estava na cozinha, eu senti uma coisa melada na minha calcinha e “corri” para o banheiro. Quando eu vi fiquei assustada, eram fezes. Imaginei que como estava com a colostomia, não podia defecar por baixo, tinha ouvido falar que quando isso acontecesse, o estoma estava entrando no abdômen. Comecei a ficar nervosa e preocupada.

Minha mãe marcou para outro médico que atendia nessa mesma clínica do Dr. mal-humorado, mas graças a Deus não era no mesmo dia, eu não queria nem olhar para cara dele. Quando foi minha vez de me consultar já estava um pouco apreensiva, pensando que esse seria igual ao o outro, mas não foi. Dr. Abílio é ótimo, adorei ele, disse que pelo tempo que eu estava com a colostomia já estava na hora de tirar e passou outra colonoscopia - já fiquei com medo -. Eu disse a ele o que aconteceu na colonoscopia anterior e ele me disse que eu não iria sentir nada, ia ser como se eu fosse fazer uma cirurgia, iria dormir.

Fiz todo o procedimento com os remédios que tive que fazer para a primeira colonoscopia e no dia do exame eu realmente dormi, não senti nada, nesse dia eu dormi até demais. Porque ele acabou o exame e eu continuei dormindo por uns 10 minutos - segundo minha mãe -. Ele disse a minha mãe que estava tudo certo com o intestino e que iria fazer minha cirurgia. Dr. Abilio passou os exames que sempre faço antes de fazer qualquer cirurgia, sangue e o cardíaco. Só com esses exames prontos e com tudo ok, ele marcaria a cirurgia com a liberação do plano de saúde.

Enfim, minha décima segunda cirurgia foi realizada no dia 05 de novembro de 2012. Me internei na manhã do mesmo dia e às 9hs fui para o bloco cirúrgico, mas antes tinha tomado um remedinho azul e a enfermeira que me deu perguntou se eu estava com sono e eu disse que não. Fiquei conversando um tempão com os enfermeiros do bloco cirúrgico enquanto eles estavam tentando encontrar alguma veia para aplicar o cateter. Depois que encontraram e furaram meu braço, fiquei sentada continuando conversando com eles e depois de alguns minutos resolvi deitar e fechar os olhos. Só me lembro de estar no quarto no outro dia após a cirurgia com a barriga enfaixada e com uma sonda vesical - sonda de xixi -, minha mãe disse que eu abri os olhos quando cheguei da cirurgia, mas eu não conseguia me lembrar de nada. Passei todo o dia dormindo e vomitando, horrível para falar a verdade, só fiquei um pouco acordada no final da tarde quando a enfermeira veio fazer o curativo.


Cirurgia de colostomia.

Como eu entrava na piscina mesmo com a colostomia, ficou um pouco bronzeada na parte que ficou a bolsa coletora. Não lembro quantos pontos tinham, mas tinha mais de 25. Depois do curativo feito, fui dormir de novo.

No outro dia, eu já estava melhor, mas não podia comer. Fiquei bebendo suco o dia todo, quando chegou a noite, eu não estava aguentando de fome, perturbei o enfermeiro dizendo que não ia dormir porque estava com muita fome, e ele conseguiu falar com Dr. Abílio que me deixou comer algo. Comi frango com inhame, não comi muito porque meu estomago começou a doer e por conta disso, acreditem, passei a noite toda acordada, não consegui dormir de jeito nenhum.

Três dias após a cirurgia, pela manhã Dr. Abílio foi me visitar e eu perguntei quando eu iria ter alta, ele disse que primeiro eu tinha que defecar para saber se o intestino estava funcionando, perguntei:

Como isso vai acontecer se eu só tomei suco o dia todo? ele disse que eu tinha que comer naquele dia, então eu disse que tinha comido inhame na noite anterior.

Ah! Então você já está boa, pode ir embora. disse e sorriu.

Sério?! perguntei animada.

Sim.

Antes de ir, ele disse para enfermeira retirar a sonda e o soro. Receitou um remédio para dores e disse que queria me ver em oito dias. Quando eu cheguei em casa era mais de meio-dia, almocei e fiquei com a mesma dor no estomago, depois eu comecei a defecar normal, graças a Deus não tive nenhuma complicação quanto a isso.

Por incrível que pareça essa foi a minha melhor cirurgia em termos de recuperação, apesar da experiência horrível com o primeiro médico que consultei. Eu conseguia sentar-se, andava devagar com as muletas e tomava banho normal.

Após os oito dias, voltei para o consultório do Dr. Abílio para ver como estava os pontos, alguns estavam sequinhos e outros mais ou menos. Ele disse que estava ótima a minha cicatrização e que só ia tirar a metade dos pontos. Aí aconteceu um problema: O enfermeiro que tirou os pontos não era mal-humorado, mas parecia que estava ali por obrigação, sabe? Fazia as coisas com má vontade, não gostei.

Minha mãe ficou dizendo a ele quais pontos estavam melhores para tirar e ele não ouviu – minha mãe é técnica de enfermagem -, só quis tirar o que ele queria, resultado, tirou pontos que não estavam cicatrizados e quando eu cheguei em casa, fui tomar banho, começou a sair sangue no lugar que ele retirou os pontos que não estavam cicatrizados, e com os dias, minha barriga foi se abrindo e pensei: “Eu não acredito que esse enfermeiro fez isso!”

Eu estava super furiosa com ele, depois de mais de oito dias podia tirar o resto dos pontos, eu não fui para clínica, não queria nem ver a cara daquele enfermeiro, quem tirou o resto dos pontos foi minha mãe e não tive nenhum problema. As partes que abriram na minha barriga só vieram fechar meses depois, tive que aplicar uma pomada que puxa a carne, para poder cicatrizar mais rápido, foi um sufoco, pensei que nunca iria cicatrizar.

Hoje só ficou a cicatriz, uma das marcas da minha vitória!


Dois anos após a cirurgia.

Atualmente.

7 de abril de 2013

EU NÃO ACREDITO QUE ISSO ESTÁ ACONTECENDO

abril 07, 2013 12 Comments
Olá pessoas!

Estava de repouso por causa da cirurgia do fêmur e não estava liberada para pisar ainda, mas depois de uns quarenta dias mais ou menos, fui ao médico e ele me disse que eu poderia voltar a andar aos poucos.

Na primeira tentativa para ficar em pé achei de cara muito estranho, porque estava sem o fixador e tinha a sensação de que minha perna estava mole.

Sentia muitas dores e não conseguia ficar muito tempo em pé, pois estava fraca ainda. Depois de uns dois meses, eu não usei mais o andador e comecei a usar as muletas. Tive que esperar mais alguns meses para fazer a minha próxima cirurgia que iria ser no joelho. Como passei cinco meses com o fixador, o resultado foi que o joelho se acostumou a ficar naquela posição e não dobrava.

Dessa vez minhas próximas consultas seriam na capital, pois onde eu moro, o único médico especializado em joelho, não quis aceitar meu caso. Na capital, encontramos um médico que é especialista em joelho e muito ocupado, chamado Dr. Luís Marcos. Para marcar uma consulta, parecia que eu estava marcando para falar com o presidente e o tempo que eu passava na consulta não eram nem vinte minutos.

Ele passou uns raios-X, aceitou operar meu joelho e disse que não era certo de a cirurgia ser 100%. Porque meu joelho ficou muito tempo ereto, eu disse que tudo bem e que não iria desistir agora, queria pelo menos tentar uma vez.

Depois de todos os exames prontos, foi marcada a minha décima cirurgia. Não tenho certeza do mês que foi, só me lembro que foi em 2011.

A cirurgia não foi muito longa, foi uma artroscopia no joelho, fiquei três dias internada no hospital e depois voltei para casa. Eu não sei por que nessa cirurgia que foi tão simples e que teve poucos pontos, meu joelho doía tanto que eu mal podia me mexer, então minha única opção, já que não conseguia mexer minha perna direito, foi ficar de cama novamente e só me mexer o necessário, porque não aguentava de dor.

Depois de uma semana, fui para a consulta e retirar os pontos. Dr. Luís Marcos me disse que não fez muita coisa porque viu que a placa que Dr. Luís Antônio colocou no meu fêmur foi até o joelho e isso impediu do meu joelho dobrar mais, na mesma hora eu pensei: Eu não acredito que isso está acontecendo.”

Ele perguntou quem operou meu fêmur e eu respondi que foi o médico da cidade que eu moro, mas que de início não iria ser ele, que quem devia ter me operado era Dr. Daniel, porque ele já estava me acompanhando por ter colocado o fixador Ilizarov e consequentemente iria operar meu fêmur depois. Por coincidência do destino, Dr. Luís Marcos conhece Dr. Daniel e são amigos. Então anotei o novo número de telefone e o endereço do consultório do Dr. Daniel para poder marcar uma nova consulta com ele.

Como veem no raio-X a placa realmente foi até o joelho.

                                               



Depois de umas semanas, conseguimos marcar uma consulta com Dr. Daniel, desde janeiro/2010 que eu não tinha mais o visto. Ele disse que eu estava muito bem e que tinha engordado, para muitas mulheres pode ser até uma ofensa, mas para mim foi uma felicidade, porque realmente eu fiquei muito magra no hospital e quando voltei para casa, consegui engordar um pouco. Ele olhou minha perna, passou raio-X da perna inteira e viu que a placa estava até no joelho.

Eu disse que Dr. Luís Marcos tinha operado meu joelho e que disse também onde era o consultório dele, então na mesma hora ele ligou para Dr. Luís Marcos e perguntou quais foram os procedimentos. Ele me disse que tinha que tirar um pedaço dessa placa, só assim meu joelho iria dobrar mais um pouco e que ele iria fazer a cirurgia junto com Dr. Luís Marcos. Eu achei ótimo.

Depois de todo esse processo de fazer exames e consultas, minha décima primeira cirurgia foi feita em 2012. Voltei para o mesmo hospital que tinha feito a cirurgia do joelho. Minha cirurgia estava marcada para a noite, fui para o bloco cirúrgico e lá começaram os procedimentos. Antes do médico chegar, tinham que encontrar uma veia para colocar o cateter.

E quem disse que estavam achando uma “boa”?

Começou a guerra entre a anestesista e os enfermeiros para conseguir uma. Quando eles achavam que encontraram uma, me furavam e minha veia estourava, fiquei com os braços - onde as veias estouravam - todo roxo, eu levei um monte de furada. Só então resolveram furar no meu pescoço, chamaram um médico e ele furou.

Depois de todo esse aperreio, Dr. Luís Marcos chegou dizendo que a cirurgia foi cancelada porque eu estava precisando de sangue, na mesma hora eu vi que era mentira porque eu tinha feito o exame de sangue e estava tudo bem. O problema foi que Dr. Daniel não tinha chegado para fazer a cirurgia junto com ele, então ele inventou essa desculpa. No outro dia Dr. Daniel foi no meu quarto e disse que minha cirurgia ia acontecer naquele mesmo dia, à noite. Quando fui de novo para o bloco cirúrgico dessa vez só estava Dr. Daniel, mesmo assim a cirurgia foi feita. Eu fiquei um pouco tensa, porque eu não recebi o remédio para dormir, fiquei acordada durante a cirurgia, que também foi rápida, mas pelo menos eu não senti nada.

Quando a cirurgia terminou, na mesma hora ele falou comigo, disse que retirou o pedacinho da placa e que tentou dobrar meu joelho ao máximo, mas que só conseguiu dobrar 10 graus. Porque se tentasse dobrar mais, meu fêmur poderia quebrar e ia ser um prejuízo pior para mim e para ele. Eu disse que tudo bem, mas fiquei triste, lógico, minha expectativa era de dobrar o joelho pelo menos 90 graus, para poder sentar normal. Voltei para o quarto para descansar e no outro dia a enfermeira veio fazer o curativo e tirar o dreno.

Somente no outro dia eu tive alta, colocaram uma tala de gesso para manter o joelho dobrado até onde dava e voltei para casa.