SETE MESES COM O ILIZAROV
Retornei em fevereiro para minha última consulta com
doutor Guilherme antes da cirurgia.
Dessa vez ele iria retirar os meus ferros mesmo,
graças a Deus. Tirei raio-X e meu osso estava muito bem consolidado, então como
tudo no meu script muda de repente, sempre que vem um lado bom,
vem o lado ruim também. Eu pensei que o quarto mês fora o pior, mas não,
esse mês bateu o recorde de pior, com certeza.
O doutor inventou de soltar quatro parafusos
que seguravam aqueles quadradinhos pretos onde fiz o alongamento. Para quê?
Desde que sai daquele consultório doía tudo, quando eu
ficava em pé, não doía muito, pisava até que sem dor, mas quando eu mexia o
joelho é que não me aguentava de dor. Duas argolas do fixador estavam soltas,
não estava conseguindo nem tocar e mexer na perna. Sentar doía, deitar doía,
respirar doía (essa última é brincadeira, só para fazer um draminha a mais.
hahaha)
Mas falando sério, acho que esse mês foi para fechar
com chave de ouro da dor. Eu tinha que dormir imóvel, somente de barriga para
cima, tinha noites péssimas e dias exaustivos. Não tinha posição para ficar
sentada sem sentir dor, chorava estressada. Eu estava realmente cansada.
Agora estava no aguardo para o pessoal do plano de saúde liberarem a cirurgia e assim o médico marcar o dia. Só rezava para que não demorassem tanto, porque não queria pensar em quantos dias mais eu passaria vivendo com aquela dor insuportável.
O jeito é ter mais um pouco de paciência.
Fiquem com Deus. Beijo! (: