27 de setembro de 2015

SEIS ANOS DO ACIDENTE

setembro 27, 2015 8 Comments
Olá pessoal!

Hoje, dia 27/09/2015, fazem seis anos do acidente, minha segunda data de aniversário. Não sei muito o que dizer, tenho problema em expressar o que sinto, mesmo escrevendo, mas vou tentar. 

Tenho que dizer que passei por muita coisa ao longo desses seis anos, puxa, passei por momentos alegres, tristes, dor, falta de paciência, chorei muitas vezes sozinha a noite escondida da minha família... Nossa! Passei por muitas emoções, muitas cirurgias (quinze), muitos fixadores (só de Ilizarov foram três). Nos primeiros dois anos eu era muito chata, tinha dias que eu estava bem e tinha dias que a paciência passava bem longe de mim, foram os anos mais difíceis, porque passei muito tempo de cama e vivia chorando  direto, querendo que tudo acabasse logo, queria voltar a ter minha vida (ainda quero), pensei que fosse até ficar com depressão, mas fui mais forte e nunca tive. 

Minha única distração eram as redes sociais, assistir TV, ler, conversar, etc... Comecei a andar aos poucos com um andador depois que foi colocada a haste no fêmur, já comecei a ficar melhor, mas ainda tinha muita batalha pela frente, ainda estava usando a colostomia, mas queria fazer as cirurgias na perna primeiro. Então pesquisei no facebook alguma coisa relacionada a Ilizarov e achei um grupo e foi quando eu vi que não só tinha eu passando por isso, cada um daquele grupo ao seu modo estava superando a sua batalha, li muitas histórias, vi as pessoas superando a cada dia (assim como eu) vencendo e isso me deu mais força para continuar. Foi quando tive a ideia de fazer esse blog e isso foi o meu melhor, me sinto muito bem compartilhando minha história, servindo de exemplo e força para muitas pessoas, como outras serviram para mim. 

Recebi várias notícias ruins que não queria ouvir, dentre elas foi quando eu soube que não iria mais recuperar a sensibilidade e os movimentos dos dedos e tornozelo do pé esquerdo, nossa, chorei muito, lógico, só fiquei pensando em como iria andar quando acabasse tudo, quando não tivesse mais cirurgias e só ficaria fazendo fisioterapia, mas pensei, pensei e pensei e vi que depois de tudo que eu passei, essa era uma sequela que eu tinha que viver, não seria um pé que iria me fazer desistir, hoje consigo pisar melhor do que imaginei. Outra sequela é o joelho, não consigo dobrá-lo mais do que 15 graus, já fiz duas cirurgias e nada, penso seriamente se depois que eu tirar esse iliza da tíbia, se farei outra cirurgia, estou cansada já de tanta cirurgia, penso seriamente se tentarei ou não. E não posso esquecer das cicatrizes, que é o que mais tenho, quando saio eu tento escondê-las para chamar menos atenção do que já chamo usando esses ferros. Uma dica para as meninas que não as suporta é cobrir com tatuagem, penso seriamente sobre isso também, não quero fazer cirurgia plástica, então acho que vou fazer sim na perna inteira e talvez na barriga.

Não quero mais ficar remoendo, só quero pensar na minha recuperação e no meu futuro, então vou partir para os créditos finais, hahaha

Deus é tudo pra mim, sem Ele me dando força eu não sei o que seria de mim, minha família (pai, mãe e irmã) são minha vida, agradeço aos meus parentes, que sempre me dão força, aos meus amigos que sempre me fazem sorrir, agradeço aos médicos e enfermeiros que cuidaram e cuidam muito bem de mim e as pessoas que deixam seus comentários aqui e no facebook contando suas histórias. 

Agradeço a todos!!!! Fiquem com Deus.(:


RETORNO AO MÉDICO E DOIS MESES DE CIRURGIA

setembro 27, 2015 0 Comments
 Olá pessoal! Tudo bem?

Passados dois meses de cirurgia, fiquei fazendo o alongamento por um mês até chegar o dia do retorno ao médico.

Antes do doutor dizer algo para mim, primeiramente ele passou um raio-X só da tíbia e não passou do fêmur, porque segundo ele, estava muito bem, já que eu disse a ele que não estava sentindo nenhuma dor e que as fistulas tinham fechado.

Fiz o raio-X e quando entreguei ao doutor, ele disse na hora que era para parar o alongamento. Ele achou que pelo espaço que estava mostrando no raio-X, já tinha alongado o que eu precisava, que era os 4,0 cm. Para ter certeza do quanto foi alongado, ele passou para eu fazer outro exame de Escanometria, para entregá-lo na minha próxima consulta, mas que até lá, não precisaria mais alongar.

Estes são os raios-X:






"Isso é o que já foi alongado."

O enfermeiro fez o curativo e doutor Guilherme disse que a minha cicatrização estava muito boa, que era para continuar limpando bem e cobrindo os ferros com gazes para não entrar nenhuma sujeira e assim não causar uma infecção. O médico disse que era para eu andar muito, porque só assim o calo ósseo iria ser formado e então calcificado. Só assim é que eu poderia retirar o fixador.

Não sabíamos ao certo o quanto foi alongado, mas eu conseguia sentir a diferença quando pisava, já sentia a perna do mesmo tamanho que a outra e não era tão ruim andar, já que antes eu andava desajeitado por conta da diferença de tamanho das pernas.

Eu conseguia dar uns passinhos sem a muleta, mas sentia dor em alguns pinos, inclusive estava com três inflamados e um deles me preocupou um pouco, porque desde a cirurgia ele não cicatrizava e ficava saindo secreção, principalmente quando forçava ao pisar. Estava inchado e vermelho ao redor do pino, outro ferro que doía é um perto do joelho, parecia que estava queimando minha pele.

Sentia dores também principalmente quando sentava e andava. Não tive mais dores fortes na tíbia que me faziam ficar acordada a noite toda. Só continuei com essa dor de cabeça sem fim, todos os dias a mesma dor, não entendo o porquê, quando chegava no meu limite da dor, tomava remédio. Não gosto de ficar tomando remédio o tempo todo quando começa uma dorzinha, evito o máximo.

Fiquem com Deus! Beijo. (: